domingo, 11 de dezembro de 2011

luv wins
tiefe wasser sind nicht still
turning sadness into anger! cuz anger is energy!
às vezes o amor é puro orgulho. às vezes negar o amor também.
we're the most basic example of tautology! you, and me.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

o amor é um jogo

o amor é um jogo que se joga a dois. às vezes perdemos. e perdemos juntos. mas mesmo assim sempre saímos ganhando, porque o que faz valer a pena mesmo é que jogamos com quem amamos.

denial

she denies me the same way she did when we first met.
não deixe a banalização contaminar o seu amor!

seja feliz

viva sua vida. viva seu novo amor. viva suas loucuras de juventude. beba todas as bebidas e tome todas as drogas. detone seu corpo e fique gorda. depois arranje um casamento só porque não tem mais opções. tenha filhos e fique mais gorda. seja enganada e abandonada pelo seu marido. fique mais gorda e lembre-se de mim. se isso é ser feliz, SIM, eu desejo que você seja feliz!

the only way

not sleeping is not a choice
it's a fact
in my life
Thinking is not a choice
it's the only way to have you here
in my mind
living is not a wish
is the only way
to feel you with me

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

each step I walk my trainers cry yer name.

betrayed

I know I betrayed you
I betrayed respect
I betrayed you in heart
I betrayed with words
and I suffer for it
and I suffer the consequences
but I do not accep
amor, esperança e o sonho de uma chance eterna

NINE MINUTES

nine minutes for the rest of our lives
nine minutes forever
never time has been so precious
never time has be here

so much we can do
so much we can say
how luved can you feel?
how long can I wait for?
how much can we luv?
how much can we be luved?

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

silver cars all around
see yer car all around
wish you come and pick me up
instead you come and tread me on
trample girl
trample girl
trample on me with yer silver car
e seu coração estava silencioso como quando uma tempestade passa.
uma palavra: silêncio
she denies me the same way she did when we first met.
e seu coração estava silencioso como quando uma tempestade passa.

sábado, 19 de novembro de 2011

Friedrich Nietzsche


"Para suportar minha seriedade, minha paixão, é necessário possuir uma integridade intelectual levada aos limites extremos. Estar acostumado a viver no cimo das montanhas – e ver a imundície política e o nacionalismo abaixo de si. Ter se tornado indiferente; nunca perguntar se a verdade será útil ou prejudicial... Possuir uma inclinação – nascida da força – para questões que ninguém possui coragem de enfrentar; ousadia para o proibido; predestinação para o labirinto. Uma experiência de sete solidões. Ouvidos novos para música nova. Olhos novos para o mais distante. Uma consciência nova para verdades que até agora permaneceram mudas. E um desejo de economia em grande estilo – acumular sua força, seu entusiasmo... Auto-reverência, amor-próprio, absoluta liberdade para consigo..."
Friedrich Nietzsche, "O Anticristo ".

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

devastado pela verdade de uma avalanche de sentimentos ruins.
se sentia como se tivesse esperado a vida toda por uma única palavra.
a experiência, como dizia Walter Benjamin, decaiu, mas não foi destruída.
today i'm only memory and missing
present does not interest me any further
present is my gift to you
my name is nostalgia
yours is past
and the future exists only in between
hoje sou tudo aquilo que achei que podia esquecer
ele esperava como quem espera por algo que matou a muito tempo....
do yer sweet, i'll do my bitter!
ele arrancou o coração do peito e tacou na vidraça dela!
I remember falling in luv with you,
remember tearing yer heart in two
Just don't remember when I got so stupid,
got so selfish,
thought you ain't healthy for me
pegou o coração e espremeu no papel. só não tinha pra quem entregar.
tomava uma jarra de café e continuava a dormir o longo sono da solidão. acordava e trocava a fronha encharcada.
de longe a gente enxerga melhor. às vezes a gente não gosta do que vê. às vezes a gente quer fazer parte daquilo que vê. às vezes a gente só fecha os olhos e tenta esquecer.
um dia me escreveram: "quando tu sofreu sozinho eu sofri junto contigo." é isso!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

"O que difere o homem não é a racionalidade, mas a sua relação com as imagens." ‎A vida sensível, Emanuele Coccia.

A Sociedade do Espetáculo

"A Sociedade do Espetáculo – onde todas as relações são mediadas por imagens que nos unem, mas somente na medida em que também nos separam – é nosso destino desolador." Guy Debord, em 1967.

sábado, 1 de outubro de 2011

I ♥ hate by Renata Miguez e Felipe Souza




by Renata Miguez e Felipe Souza. with asdra martin

Chaos comes before all principles of order & entropy

“Chaos comes before all principles of order & entropy, it’s neither a god nor a maggot, its idiotic desires encompass & define every possible choreography, all meaningless aethers & phlogistons: its masks are crystallizations of its own facelessness, like clouds. ”
— Hakim Bey

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A revolução acabou. Começa a idade da revolta


A revolução acabou.
Começa a idade da revolta
por Marco Belpoliti

(Publicado originalmente no La Stampa em 16 de fevereiro de 2010. Disponível em http://www3.lastampa.it/politica/sezioni/articolo/lstp/380235/ - Tradução de Eduardo Sterzi)

Adeus, revolução? Sim, o seu lugar foi tomado pela revolta. De Clichy-sous-Bois, na periferia parisiense, em 2005, até Atenas em 2008, até o ataque dos estudantes londrinos em 2010, ou até a passeata dos estudantes ganhar as ruas de Roma anteontem, a revolta parece ter tomado o lugar das forças revolucionárias. A revolta não tem projeto, não se projeta no tempo futuro. Como sustentou um dos seus teóricos, o germanista e mitólogo Furio Jesi, morto justo há trinta anos, em Spartakus. Simbologia della rivolta, texto de publicação póstuma, «antes da revolta e depois dela se estendem a terra de ninguém e a duração da vida de cada um, nas quais se perfazem ininterruptas batalhas individuais». Evocando Rimbaud e a Comuna de Paris, Jesi afirmava: «Só na revolta a cidade é sentida como o haut-lieu e ao mesmo tempo como a própria cidade»; na hora da revolta não se está mais sozinho, mas se está no fluxo cambiante do Nós, entidade provisória e lábil, extática e violenta.

Depois do fim das ideologias, depois da queda do Muro de Berlim e do triunfo do pensamento único, no Ocidente como no Oriente, em Nova York como em Xangai, a revolta suspende o tempo histórico e cria o instantâneo; é o triunfo do presente contraposto ao futuro. Não se espera mais o dia da conclusão do longo processo revolucionário. A revolta instaura um tempo extático, escreve Pierandrea Amato, um dos teóricos das novas revoltas metropolitanas, o aqui e agora. Walter Benjamin relata como, no decurso da Comuna de Paris, os revoltosos dispararam contra os relógios, símbolo do tempo escandido pelo progresso, pela disciplina do trabalho. A revolta não prevê, mas vive no repentino; não pressupõe nem mesmo uma classe social que tomará o poder, mas só indivíduos atomizados, que no curso das insurreições espontâneas, não preparadas e contagiosas, se tornam uma força provisória. Se as revoluções cultivavam o sonho do ataque ao Palácio de Inverno, conquista do centro simbólico do poder, a revolta advém de modo molecular com o intento de condicionar materialmente o andamento normal das coisas.

Depois da revolta nada é mais como antes. Para os seus teóricos – Paolo Virno, um dos filósofos italianos hoje mais citados no mundo, mas também os franceses Alain Badiou e Jacques Rancière – a revolta é o análogo da catástrofe, do colapso a que nos habituou o novo capitalismo financeiro, a única resposta possível a uma sociedade que não parece mais ter nenhum fundamento certo, nenhuma teoria com a qual justificar o próprio domínio, a não ser a coerção, o uso da força ou a sedução do consumo. Vivemos na época do desastre, como havia intuído na metade dos anos sessenta Susan Sontag.

A revolta é filha da crise da democracia representativa que no Ocidente, por causas complexas, parece ter perdido a própria função histórica. Os revoltosos, movidos por razões freqüentemente diferentes, mostram, nas periferias urbanas francesas como no centro de Roma, nas ruas de Atenas como nas localidades ao redor de Nápoles, o emergir de uma política que se põe para além do sistema que hoje a representa: são a expressão de uma caótica e espontânea vontade de viver, oposta e simétrica àquela que na Itália domina a cena política maior. Pierandrea Amato, em La rivolta, publicado recentemente, escreve que a revolta é um vento que traz consigo a própria auto-desintegração.

Os garotos que correm com os capacetes e escudos pelas ruas, que sobem nos monumentos, que aparecem e desaparecem nas banlieues, tocando fogo nos automóveis e nas latas de lixo, mostram a existência de um campo de forças que escapa às categorias políticas tradicionais, ao marxismo e ao pós-marxismo tanto quanto às teorias neoliberais. A revolta acontece, do mesmo modo que um evento artístico, uma manifestação momentânea, uma performance. Não se pode representá-la nem de forma política nem espetacular; é um acontecimento extático, mais próximo das formas religiosas, da festa, do que das estruturas da representação política, tais como um partido ou um parlamento: vive, não se representa. A sociedade do espetáculo que dominou nos últimos vinte anos, realizando a profecia de Guy Debord, agora tem diante de si uma série de acontecimentos não capturáveis nas formas do espetáculo midiático.

Aquilo que, em definitivo, a revolta desestrutura é a idéia mesma da identidade política. O Nós aparece e desaparece, e suspende o tempo histórico em favor daquele que os gregos chamavam Kairos: o justo instante, o golpe de vista, aquele em que o atleta perfaz o movimento justo, supera o adversário, cruza a linha de chegada. Devemos preparar-nos para viver num tempo diverso daquele que marcou as vidas dos nossos pais e avós, um tempo que não tem uma única direção, ou uma destinação predeterminada, mas que acontece e ao mesmo tempo colapsa, que se mostra e se subtrai. O Homo seditiosus é o campeão de uma humanidade que sai às ruas hoje, mas também amanhã e depois de amanhã, para realizar «uma arte sem obra».

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

sou só saudades
sou só. saudades
sou. só saudades
sou

saudades

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

"Não são interrupções do processo, mas passagens que fazem parte dele, como uma eternidade que não pode ser revelada a não ser no devir, uma paisagem que não aparece a não ser no movimento." A literatura e a vida, Gilles Deleuze

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Dirty Names no FESTIVAL DA MÚSICA INDEPENDENTE _2


FESTIVAL DA MÚSICA INDEPENDENTE _2

Música boa é tudo o que ultrapassa a matemática e pulsa na boca do estômago.
Entre o fofo e o feio, estamos nós. Esperando a banda passar...

FMI – ESPECIAL BANDAS

[abertura]

__ ÁGATA BARBI & ZULEIKA ZIMBÁBUE, juntas e misturadas, bem acompanhadas por GREGÓRIO GIANELLI e alguns clássicos da música.

[big bandas]

__ DIRTY NAMES

__ OS CAFONAS


__ DISCOTECAGEM ROCK DO PAULERA

>> taliesyn
SÁBADO – 30/07 – 22H
$12

O rock contemporâneo da Dirty Names na Devassa de 7 anos


O projeto Dirty Names é sem dúvida uma das atrações mais interessantes da próxima Devassa. A banda faz sua segunda apresentação após a estréia cerca de um mês atrás, no Festival da Música Independente, produzido por Paulo Vasilescu no Taliesyn Rock Bar.

O grande diferencial da Dirty Names é a proposta de fazer um rock espontâneo, sem ensaio e com base na improvisação, apostando no talento e sintonia dos integrantes.

Formada por Asdra Martin (The Dolls e Marte Attaca), Lucci Barbi (B-Driver e Dellamarck), Edu Passold (Produto), Marco Martins (Nicotines e Pornô de Banca) e Gustavo Cabeza; a banda tem na bagagem tudo o que já foi feito pelos músicos em suas bandas anteriores e ainda se propõem a experimentar o que ainda não tiveram oportunidade de fazer.

O conceito da Dirty Names foi elaborado e registrado pelo vocalista da banda, Asdra Martin, neste texto que explica melhor as idéias que deram vida ao projeto:

Toda obra humana é provisória! Mesmo o que resta vai desaparecer. Chegará um dia em que o Partenon não existirá mais. É mais honesto abordar a arte sabendo que ela é provisória e irá desaparecer. Como tudo que existe enquanto se pode observar, ou melhor, experienciar. Então porque temos a necessidade de fixar as coisas?

Pensando nestas questões; que angustiam e chegam a dar medo, e pensando ainda em fugir de ensaios, foi idealizado o projeto Dirty Names, um encontro de músicos para tocar rock ao vivo sem que nunca tenham ensaiado juntos. A idéia surgiu a partir de como as bandas das quais participei sempre compuseram; assim: simplesmente tocando! Num sistema caótico de desenvolvimento e organização. E o objetivo é realizar composições instantâneas. Nada de cover, nada de ensaio, espontâneo e direto.

(…)

Um outro objetivo ainda pode ser o de formar uma banda pela contramão. Ao invés de fazer uma banda para fazer shows, quem sabe fazer shows para formar uma banda, e deixar as composições irem se fixando com o tempo, sem pressa nem obrigações. De um modo honesto e despretencioso, lidando com a efemeridade de forma consciente, mas urgente.

(…)

Asdra Martin

Desterro, 24 de junho de 2011.

Ficou curioso? Então não perca a apresentação da Dirty Names amanhã na pista Rocket da festa de 7 anos da Devassa, no 1007. Nos vemos lá!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Campo de Provas: sobre Nietzsche e o test-drive Avital Ronell


Campo de Provas:
sobre Nietzsche e o test-drive
Autora: Avital Ronell
Tradução de Rodrigo Lopes de Barros
Coleção PARRHESIA, 41pgs, 2010.
(Livro de bolso)

Preço: R$10,00

O que é um experimento? O que é um teste? O que significa a passagem da experiência entendida como um saber consagrado pelo tempo para a noção de experiência compreendida como experimentação? Avital Ronell busca, em Campo de Provas: sobre Nietzsche e o test-drive, responder a essas questões e decifrar o que está por trás da "pulsão de teste" que se apossa cada vez mais do Ocidente. Seguindo a esteira de Derrida, e d´A gaia ciência nietzschiana, a autora desvenda as aporias do teste e as possibilidades que este abre para uma justiça por-vir.




http://www.culturaebarbarie.org/

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Dirty Names – rock contemporâneo



Dirty Names – rock contemporâneo

Toda obra humana é provisória! Mesmo o que resta vai desaparecer. Chegará um dia em que o Partenon não existirá mais. É mais honesto abordar a arte sabendo que ela é provisória e irá desaparecer. Como tudo que existe enquanto se pode observar, ou melhor, experienciar. Então porque temos a necessidade de fixar as coisas?
Pensando nestas questões; que angustiam e chegam a dar medo, e pensando ainda em fugir de ensaios, foi idealizado o projeto Dirty Names, um encontro de músicos para tocar rock ao vivo sem que nunca tenham ensaiado juntos. A idéia surgiu a partir de como as bandas das quais participei sempre compuseram; assim: simplesmente tocando! Num sistema caótico de desenvolvimento e organização. E o objetivo é realizar composições instantâneas. Nada de cover, nada de ensaio, espontâneo e direto.
Dirty Names é formado por mim, Asdra Martin (The Dolls e Marte Attaca), Lucci Barbi (B-Driver e Dellamarck), Edu Passold (Produto), Marco Martins (Nicotines e Pornô de Banca) e Gustavo Cabeça.
Um outro objetivo ainda pode ser o de formar uma banda pela contramão. Ao invés de fazer uma banda para fazer shows, quem sabe fazer shows para formar uma banda, e deixar as composições irem se fixando com o tempo, sem pressa nem obrigações. De um modo honesto e despretencioso, lidando com a efemeridade de forma consciente, mas urgente.
Nosso primeiro show aconteceu dia 23 de junho deste 2011 no Festival da Música Independente, realizado por Zuleika Zimbábue no bar Taliesyn, no centro de Florianópolis e o resultado foi uma performance barulhenta e melódica. E pelo que vi satisfatória para público e banda. E na mesma noite já fomos convidados para dois outros eventos: a edição de julho da conhecida festa Devassa, do produtor cultural Tiago Franco e uma Matiné do Rock, festa do guitarrista do Pornô de Bolso domingos Longo em setembro no próprio Taliesyn.

Asdra Martin

Desterro, 24 de junho de 2011.

terça-feira, 21 de junho de 2011

dia de chuva

Chuva boa de dormir
Vida boa de esquecer
cria boa de parir
não me deixa de escrever

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Faixa a faixa O.T. (Pornô de Bolso)


A banda florianopolitana Pornô de Bolso lançou no último domingo seu primeiro álbum chamado O.T. Disponível para download no site da banda http://pornodebolso.com/

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Escrever sobre a banda Pornô de Bolso sem ser tendencioso é bem difícil. Sou amigo íntimo do vocalista, conheço todos de longa data e, por isso, tentarei não fazer deste texto um inventário psicológico de Domingos Longo.

Na capa de O.T. (sigla para a expressão anglófona oral total) uma foto de autor desconhecido retrata a escadaria do Rosário em tempos remotos e inicia uma série de citações ao amor de Domingos pela cidade de Florianópolis. E o guitarrista e compositor da banda é assim mesmo: uma voz anônima, velho como o rock e simples como o passado. Mais à frente escutamos nas canções letras que falam do vento, de Itaguaçu, do Bom Abrigo, de conchas, etc. Mas o P.D.B. não é uma banda de reggae, nem de manébeat ou rock de praia! O que vem por dentro do albinho, além das fotos de folhetos de puta, é muito rock’n’roll: às vezes consistente – com referências sólidas de Stones e Neil Young; às vezes punk – raivoso, deprimido e adolescente. Como tem que ser!

De início um assobiozinho e estalar de dedos maroto abrem Vizinha, um bluezinho como os bons e VELHOS rocks gaudérios, com um vocal bêbado e incompreensível que nos convida pra uma festa íntima. Em Lamúria o bluezinho vira balada rock de decepção, mas com o dedo apertado forte no botão do foda-se. Esta música conta ainda com lindas slide guitars do produtor do álbum e atual baixista Rodrigo Alves.

Guitarras grunge que lembram MudHoney iniciam Concha, uma canção simples e direta com letras que fazem alusão a estados alterados de consciência.

A quarta música de O.T., Se Tu Andas; embora não faça nenhum crédito a isso, é uma versão. Sim. Um cover traduzido para o Português de If You Wander, da banda florianopolitana do fim dos anos `90 Skydivers, na qual eu cantava e ainda tinha Marco Martins na guitarra e Gustavo Cachorro na bateria. É uma balada descompromissada e bonita, meio depressiva, onde o vocal de Domingos parece tão sóbrio que as frases não cabem na métrica harmônica da música; resultando às vezes num inesperado e belo recitar da letra.

Frutas é minha favorita. Nela a guitarra volta ao grunge, os vocais estão em fúria e a letra não faz o menor sentido (Explica aí Domi!). Pra que mais?

A faixa homônima à banda P.D.B., é um punk juvenil com uma letra escrota (no melhor sentido da palavra!) e deliciosamente politicamente incorreta. Quase pedofílica. Eu escrevi isso? NOT!

Na sequência um rockzinho meio jovem-guarda de letra sexual de apenas duas frases é performado pelo nosso “cineasta doidão de carteirinha” Marco Martins. Minissaia ainda tem claps e um solinho blues que completam a festinha.

Veneno Sabor Rato começa meio metal arrastado, lembrando Iron Maiden (como numa ponte em P.D.B.). Mas a intro é breve e nos leva prum rock gaúcho moderno, mas de letra suja. Que dúvida!

A mais linda e última deste CD é Cavalo Solto. Digamos que se Neil Young fosse compor um punk seria este, definitivamente! Domingos aqui solta todo seu surrado sotaque de Caxias sem medo nem preconceito e com muita fúria. Para acabar esta bela canção viaja por dedilhadinhos e uivos e passa por um nervosismo desenfreado até chegar numa calma que só se sente chapado ao vento de Itaguaçu.

O CD de estréia da banda chega com atraso de uns dois anos, e ainda assim acompanha o tempo certo do amadurecimento da banda. Tal amadurecimento foi demonstrado no recente show de lançamento do disco, com Alan Stone muito mais solto na batera e ainda com a apresentação ao público do novo baixista da banda. Rodrigo Alves com certeza traz mais segurança e novo fôlego ao Pornô com suas linhas de baixo stoogeanas, e o trio neste show mostrou estar pronto a alçar novos vôos. Só tomara que não tenhamos que esperar tanto tempo de novo.



Asdra Martin



Desterro, 15 de abril de 2011.

segunda-feira, 14 de março de 2011

mini conto

O animal em fúria não esconde sua fome, seus desejos, nem seus vícios, mas ao mesmo tempo nunca está satisfeito porque ele realmente não sabe o que quer. Ele vai deixando seu rastro por onde passa. Pêlos, plásticos e bitucas de cigarro nos levam por onde ele andou. Ele muda de pele, mas nunca de toca. Ele muda de bando, mas nunca de intenção. Seu show é feito para sua única e exclusiva satisfação e uns poucos que o seguem são meras testemunhas anônimas de seu autoflagelo em forma de deleite de ego. Ele é o alfa solitário. Sua caça, cria e coito são ele mesmo.

pensando...

Qdo envelhecemos a ferida demora mais a cicatrizar porque temos mais tempo para pensar nela, mas também sentimos menos dor porque temos mais tempo para esquecê-la.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

li por aí...

Em estado de memória

li por aí...

A revolução acabou.
Começa a idade da revolta.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

poesia

Na sobrevivência é cada um por si. Na convivência são todos pelo todo. Na ausência é só o nada por cada um de mim mesmo.

mini conto

O animal em fúria não esconde sua fome, seus desejos, nem seus vícios, mas ao mesmo tempo nunca está satisfeito porque ele realmente não sabe o que quer. E vai deixando seu rastro por onde passa.

suspiros

Suave e nostálgica revolta

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011